12:32 - Quinta Feira - No quarto
Lucinda ainda me olhava um pouco confusa e um pouco preocupada, nois quase não nos falamos e quando nos falavamos era só um bom dia ou boa tarde.
Ela se mexeu parecendo meio incomodada e seus olhos já não estavam mais nos meus, respirou bem fundo e respondeu.
- Não sei querida, talvez esteja perguntando para a pessoa errada. -respondeu demonstrando tristeza, balançei a cabeça e tirei os cabelos em meu rosto. - Teve pesadelo?
- Não, não... - falei rapidamente tirando o cobertor de meu corpo e jogando para o lado, sentei-me na beirada da cama e pus minhas mãos no meu rosto. - Só sonhei com algo muito real.
Ela não respondeu mas continuou me olhando.
- Não se preocupe, estou bem. - logo falei mas ela nao pareceu convencida disso, bem eu só tava com um pouco de dor de cabeça depois que acordei. - Preciso ficar um pouco sozinha... se importa?
Ela apenas balançou a cabeça desanimada, deu uma ultima olhada em mim e saiu fechando a porta de meu quarto e me deixando sozinha.
Olhei em volta com ar meio tristonha pensando em Lucky, pensando se realmente tivera acontecido aquilo e se isso significasse alguma coisa.
Meu celular tocou.
Atendi quando tocou pela terceira vez.
Número desconhecido.
- Alô? - falei meio apreensiva
- Diana Hoffnung? - respondeu uma voz masculina do outro lado do telefone, hesitei em responder.
- Quem é? - perguntei pensando quem seria, não me lembrava de ter dado o nº do meu celular para nenhum garoto.
- É o Derick. - falou, meu coração pulou - Soube o que aconteceu com os pais de Lucky?
Me lembrei do sonho, do que a empregada e Lucky falavam.
Meu coração apertou.
- O...o que? - perguntei já sabendo a resposta.
- Os pais dela sofreram um acidente... -falou Derick fazendo uma pausa. - eles estão mortos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário