Postagens populares

domingo, 29 de maio de 2011

36

11:00 - Domingo - Casa

Estavamos eu, Ster e Guilherme na sala, em cima do cochonete cpnversando sobre a escola quando a campainha tocou. 
Primeiramente eu estranhei, pois Lucinda não trabalhava hoje e minha mãe tinha saído para trabalhar (no domingo, mas ela não trabalhava segunda nem terça), me levantei do cochonete arrumei minha roupa e fui em direção a porta, destranquei a mesma e a abri. 
Meu coração doeu me fazendo encolher e antes que eu pudesse fechar a porta por completo a mão de Derick impediu, e empurrou-a me fazendo ir pra trás. 
- Vai embora. - falei grossamente, tentei empurra-lo com minhas proprias mãos, mas ele era mais forte que eu. - Saí daqui Derick!
Ouvi Guilherme e Ster se levantarem e virem na minha direção, minhas pernas e mãos tremiam. 
- Não ate que você me escute! - ele falou fixando seus olhos azuis nos meus, franzi o nariz e senti uma rapida puxada para trás, foi Guilherme que agora ficava em minha frente como se estivesse me protegendo de algum bandido. 
- Vá embora moleque! - ele falou, o tom de voz dele saiu ameaçadoramente assustadora. - Ta vendo que tu não é bem vindo aqui?!
- Não vim ate aqui discutir com um merda que pensa que é gente. - foi tão rápido que nem percebi,Derick tinha posto a mão no braço de Guilherme e tentara empurra-lo mas Guilherme foi rapido demais, ele pegou a mão de Derick e empurrou-o para fora de casa tão brutamente que Derick perdeu o equilibriu e caiu. 
Meus olhos se arregalaram e Ster me puxou para sala, mas eu não queria, eu queria impedir que Guilherme e Derick brigassem, e ainda mais por minha causa. 
Dei um passo a frente e peguei a camisa de Guilherme que me olhou. 
- Não brigue, é perda de tempo. - implorei, mas havia algo mais nos olhos de Guilherme, algo tão perverso que nem eu tinha palavras para dizer o que era aquilo, tão perverso que por um momento fiquei com medo dele. - Guilherme?! 
Ele voltou a olhar para Derick que agora se levantava e o fitava desafiadoramente, passei por Guilherme e fui na direção de Derick mas a mão de Guilherme me fizera parar.
- Eu preciso acabar com isso logo. - falei olhando para seus olhos que ficavam cada vez mais negros que a propria noite - Por favor.
Passou alguns minutos e Guilherme me soltara, tentei sorrir confiante para ele mas nao consegui, voltei a andar na direção de Derick e parei metros afastada dele. 
- O que voce quer? - perguntei cruzando os braços
- Quero esclarecer as coisas. - ele falou se aproximando de mim, escutei o rosnado de Guilherme um pouco atras de mim.
- Mais do que estao esclarecidas? - perguntei mordendo meus lábios - Derick já deixei bem claro para você que não me procurasse mais, que me esquecesse. 
Ele balançou a cabeça mas eu sabia que ele queria ir mais a fundo naquele assunto, e eu sabia mais ainda que eu não ia aguentar e ia desabar em lagrimas.
- Não estão... - ele falou segurando em meu braço, por um segundo quase me rendi ao charme de Derick mas me segurei, seus cachos estavam menores e seus olhos azuis estavam mais azuis que antes - Entenda Diana, eu não gosto da Lucky... só estou dando apoio a ela por causa da morte de seus pais.
- Ah fala serio Derick... - falei me afastando dele - Me conta outra que essa não pega mais ok?! Se acha que continuo acreditando nessas suas palavras de "galã" de novela, tu ta muito enganado.
Ele bufou e continuou tentando. 
- Se você ficasse no meu lugar por um momento voce nao estaria agindo como uma criança como agora. - ele falou sério, senti meu coração se apertar quando ele se referiu a mim como 'criança', segurei minhas lagrimas. 
- Presta atenção seu babaca. - falei tentando manter meu tom de voz firme -Se estou agindo como criança em relação a você, desculpe.... só estou tentando me proteger de gente retaradada e canalha como você.
Seus olhos se arregalaram e os risos de Guilherme quebraram o silencio entre nois dois, Derick apenas balançou a cabeça e enrugou a testa. Eu precisava chorar, eu queria, mas não na frente dele... queria que aquilo acabasse logo e ele saisse logo da minha vida, eu estava sendo forte demais por muito tempo.
- Se isso que você quer... - ele falou cruzando os braços que definiam seus musculos - que seja. 
Então deu as costas e foi embora, não sabe o alivio que fiquei... mas mesmo assim o estrago já estava feito, ele conseguira quebrar o meu coração por completo.
Cai de joelhos na calçada e as lagrimas caiam de meus olhos e passavam pelo meu rosto, senti as mãos de Guilherme em meus ombros quentes e macios. Me levantei e o abraçei tão forte que a unica coisa que pensei é em como ele podia ser tão apaixonante?
Cheguei em seu ouvido e falei:
- I'm living in a world that's all about you and me, ain't gotta be afraid, my broken heart is free to spread my wings and fly away, away with you... - senti que ele sorria e suas mãos acariciavam a minha nuca, pela primeira vez sabia que nao iria me enganar com ele. Não com ele.

 




35


10:02 - Domingo - Casa

 Depois de algumas horas de sono eu acordei um pouco mais disposta que no dia anterior, depois daquele acontecimento todo e tals. 
Levantei do cochonete e fui em direção a cozinha, mas antes dei uma olhada para trás tendo a visão angelical de Guilherme dormindo no mesmo cochonete que eu dormira, eu sorri e senti minhas bochechas corarem não sei porque.
Entrei na cozinha e dei uma olhada no estado dela, suspirei e começei a preparar o café da manhã, pus a mesa e dei uma ida rapida na padaria, peguei os pães quentinhos e voltei para casa. 
Ninguem acordado ainda, eu ri.
Pus os pães na mesa e silenciosamente voltei para sala, cutuquei o braço de Ster para que acordasse mas ela apenas gemeu e se virou, olhei para Guilherme e fiquei com pena de acorda-lo, estava tão lindo dormindo, meu coração se acelerou. 
Me ajoelhei na sua direção e sussurrei seu nome mais de três vezes até que ele abriu seus olhos lentamente e me olhou.
- Ei... - ele falou sonolento, e então bocejou - São que horas?
- Mais de 10 horas, o cafê ja ta na mesa... - falei 
- Estou indo... - ele falou rindo e se despreguiçou - Pode ir la 
Balançei a cabeça e foi isso que fiz, mas antes peguei um copo de agua e voltei para sala, parei do lado do sofá aonde Ster dormia e segurei uma gargalhada que estava por vim.
Esperei mais alguns segundos e joguei tudo na cara dela, que rapidamente levantou do sofá completamente assustada e limpando seu rosto cheio de agua, eu me acabei de rir. 
- Sua desgraçada!! - gritou Ster me batendo com suas mãos. - Não podia ter simplesmente me acordado normalmente?
Cai no cochenete ainda rindo da cara da Ster, que me xingava de tudo que é nome. 
- Ué... - falei controlando meu riso - Isso que eu fiz é normal, quando alguem não quer acordar ou ta dificultando jogamos agua oras!
E voltei a rir novamente me encolhendo no cochonete, eu estava rindo tanto que chegava a chorar. 
- Vai se ferrar Diana! - ela falou e se levantou do sofá indo em direção ao banheiro 
Respirei fundo e parei de rir, levantei-me do cochonete e fui em direção a mesa do cafê. 
Que foi engraçado isso que eu fiz , foi. haha
Sentei na cadeira da ponta da mesa e começei a fazer meu pão e meu cafê, ate que senti uma mão quente e macia encostar na minha nuca fazendo minha cabeça virar e dar de cara com Guilherme. 
Perdi o ar por alguns instantes.
Ta, ele tava sem camisa.. tinha que ver aquilo, musculos todos de fora... o corpo dele todo definido, meu Deus meu Deus, nao sei como não me acustumei com isso.
Ele sentou na cadeira ao meu lado e começou a fazer seu pão e o cafê e então Ster apareceu meio rabugenta, eu quis rir mas me controlei.
- ah qual foi Ster... - começei a falar enquanto ela se sentava afastada da gente - Foi só brincadeira, você sabe... poxa, não queria que ficasse chateada comigo. 
Ela não respondeu, começou a beber café puro como gostava e nem sequer olhava para mim. 
Comi meu pão todo e bebi meu cafê com leite e fui até ela.
- Para de graça. - falei enquanto tentava abraça-la - sabe que eu te amo ne?! nunca iria fazer algo no qual voce nao iria gostar... 
- MAS VOCE FEZ - ela falou brutamente, me afastando com suas maos - Você podia muito bem ter pelo menos me beliscado inves de jogar agua na minha cara. 
Então Guilherme riu, nos duas olhamos para cara dele e eu fui contagiada por sua risada e começei a gargalhar e depois foi Ster que estranhamente começou a rir tambem.
- Ta bom... - disse ela - Ta desculpada. 
Nos rimos novamente e nos abraçamos.
Minutos depois tiramos a mesa e fomos nos trocar.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

34

 Amanhecer de Domingo

Guilherme e eu estavamos sentados em frente de casa, abraçados, precensiando uma das mais belas maravilhas da natureza, 'o amanhecer de um novo dia'.
Depois que eu acordara algumas horas atrás, eu não conseguira voltar a dormir e entao Guilherme dera a ideia de ficarmos aqui no quintal enquanto o amanhecer acontecia.
- É muito lindo! - sussurei admirando o exato momento que o sol saira de tras das montanhas e iluminava nois dois. - ... e romantico.
Os braços de Guilherme me puxram para mais perto dele, seus olhos estavam vidrados nos meus, meu coração estava cada vez mais acelerado e a palma de minhas mãos suavam que nem cachoeira. A luz do sol estava cada vez mais forte, e o mesmo lentamente ia para seu devido lugar.
 As vezes eu parava e pensava no jeito que Guilherme me deixava, quer dizer, não era ruim... pelo contrario, era maravilhoso, eu me sentia 'pelo menos uma vez' importante na vida de um garoto. E quando eu precisava de alguem, ele estava lá... sempre me levando para diversos lugares ou até mesmo festas, comprando vestidos belissimos para mim e sempre insistindo para eu sair com ele mesmo eu nao estando com a minima vontade. Eu já havia sido tão surpreendida ultimamente com as pessoas que eu tava com medo de que Guilherme fosse apenas uma ilusão ou um sonho que a qualquer momento eu acordaria e me daria em conta que ele nunca existiu.
- Eu... - falei meio envergonhada - to com medo. 
Guilherme preocupado passou sua mão em meu rosto e ergueu-a em sua direção, me fazendo olhar em seus lindos, provocantes e misteriosos olhos negros. 
- Medo de que? - ele perguntou sério 
- Medo de que você seja apenas um sonho... - falei com minhas mãos tremulas - medo de acordar a qualquer momento e você sumir para sempre, medo de você me deixar... medo de amanha voce me esquecer e estar com outra. 
Ele riu como se eu acabasse de contar alguma piada, suas mãos soltaram meu rosto e as luzes solares iluminaram seu rosto dando a impreensão de estar presente em algum filme.
- Do que você ta rindo? - perguntei meio aborrecida - eu to falando serio, se me acha boba por sentir medo disso, me desculpa então... 
Levantei-me atrapalhadamente e fui em direção a porta mas a mão de Guilherme foi mais agil e rapida, seguraram em meu braço e me puxou de volta. Quando me virei ele estava em pé, seu corpo a centimetros do meu. 
- Não estou rindo de você - ele falou sorrindo - Estou rindo por voce achar isso, por você achar que sou um canalha. Se eu lhe dou essa impreensão, desculpe...
Nossos olhos se encontraram e meu coração falhou, minhas pernas tremiam. 
- Diana... - falou - eu me preocupo demais com você. Nos não se conhecemos a muito tempo eu sei, mas se me perguntar como cheguei a sua casa eu não saberei responder, eu deixei que meu coração me levasse, eu estou sozinho nesta cidade, mas quando estou com você... é como só existisse só nois dois e meu maior medo é de te decepcionar.
Lagrimas desciam de meus olhos e caminhavam pelo meu rosto, meu coração batia tanto que chegava a doer, minhas mãos, minhas pernas tremiam tanto que eu estava quase me esquecendo de como controla-los. Não consegui responder, apenas o abraçei tão forte, sentindo suas mãos alisando minhas costas e depois minha cabeça, nunca me senti tão segura.. tão... tão.. ah, essa mesmo que está pensando. 
Nossos lábios se encontram finalmente, deixando que nossos corações se tornassem unico... 


quinta-feira, 19 de maio de 2011

33

19:00 Sabado - Casa


Quando minha mãe chegou, nos reunimos na sala de jantar sentando cada um em uma cadeira, explicamos tudo menos a parte em que eu tive aquela sensação maluca.
Abalada pelo que tinhamos dito ela desviou seu olhar de mim e foi para Ster que foi para Guilherme que depois foi para mim e falou:
- Tudo bem... - ela se levantou da cadeira - Podem dormir aqui... só hoje, e Guilherme eu lamento muito sobre seu amigo. 
Ele apenas assentiu e dei aquele sorrisinho murcho e triste, fazendo meu coração parar por um segundo. 
- Vamos ver um filme? - perguntei me virando para olhar os dois, não tão animados eles apenas balançaram a cabeça e se levantaram junto comigo. 
Ster preparou o sofá e o outro cochonete que botavamos em frente do sofá e um pouco afastado da tv, Guilherme tinha ido numa locadora com uma ajuda 'financeira' minha e da Ster para alugar um filme, e eu fui fazer suco e a pipoca. 
Não demoramos mais de 30 minutos para que nosso 'cineminha' estivesse pronto e aconchegante, fiquei ao lado de Guilherme no cochonete e Ster ficou no sofá, abraçada com o cobertor,  Guilherme tinha alugado o filme "Um amor para recordar", já tinha ouvido falar nesse filme... o pessoal da escola falara que era muito triste, romantico... podia nos distrair pelo resto da noite pelo menos. 
Não liguei, meu corpo e do Guilherme ficaram tão proximos que sentia a sua respiração, seus batimentos cardiacos... seu corpo esquentou rapidamente o meu, tanto que minutos depois ja estava com calor... como ele conseguira ser tao quente? ou me fazer sentir tão aconchegante, tão quente quando estava perto dele? 
Seus braços envolveram minha cintura, subindo e parando em meus ombros, encostei minha cabeça em seu ombro quando Ster apertou play e o filme começara a rodar.


Meia hora depois o ronco da Ster estava mais alto que o filme, Guilherme riu pela primeira vez depois que voltamos do cinema e eu tambem. Olhamos um para o outro, e percebi um brilho diferente, incomum em seus olhos negros, algo que fizera meu coração se acelerar, minha mente girar e minhas mãos suarem.. algo forte, algo avassalador...algo que nunca tinha sentido antes, algo que não sabia explicar... só sentir.
2 horas depois, eu acordei lentamente me lembrando que eu estava na sala e que estavamos la vendo filme. Guilherme tava acordado, com os braços cruzados definindo seus musculos, seus olhos estavam fixados no chão como se estivesse na mesma posição a muito tempo, sentei-me e encostei minha mão em seu braço, ele se virou lentamente aproximando seu rosto do meu e me beijando. 
Seus lábios estavam quentes, tensos mais ao mesmo tempo carinhosos,deliciosos e macios como travesseiro, meu coração pulou enquanto suas mãos desenhavam as curvas de meu corpo.

domingo, 15 de maio de 2011

32

17:59 Sabado - Casa


Entramos em casa, estavamos completamente acabados depois de ter prescenciado aquele acontecimento. Guilherme era o mais abalado de nois duas, claro.. o amigo acabara de virar cinzas, se explodir, até eu ficaria como ele ficara. Ele se jogou no sofá da sala pondo uma de suas mãos em seu rosto e massageando sua testa, parei em sua frente acariciando seus cabelos. 
- Quer passar a noite aqui? - perguntei sem 'maldade' nenhuma - Sabe... posso perguntar a minha mãe vai deixar, e você pode relaxar um pouco aqui com a gente. 
Guilherme olhou para mim e tentou sorrir mas nao conseguiu, meu coração se apertou.. eu nao gostava de ve-lo daquele jeito mas o que eu poderia fazer? 
- Não quero incomodar. - ele respondeu friamente,suspirou pesado e fechou os olhos. 
- Não vai incomodar...- eu falei sentando ao seu lado - Por favor, fique aqui só por hoje... 
Ele pareceu pensar um pouco, jogou sua cabeça para trás e se levantou.
- Irei buscar uma roupa para mim. - ele foi até a porta e me deu uma ultima olhada - Vai ficar bem enquanto isso?
Balançei a cabeça e fui em direção a porta mais ele ja tinha saido e fechado a porta, Ster estava em meu quarto se derramando em lágrimas, ela ligaria para sua mãe mais tarde.
Tirei o telefone do gancho e disquei o numero do celular da minha mãe, ela atendeu quando tocou pela segunda vez.
- Filha? Você não iria pro shopping? 
Respirei fundo e respondi.
- E fui... encontrei guilherme lá e tals. 
- hum, eai... viram o filme? 
- Não.. e mesmo assim, não ia dar mesmo. - fechei meus olhos me preparando-me para o que diria para minha mãe.
- Como assim? - perguntou 
- Quando chegar em casa, nois vamos falar.- falei
- Nois? quem ta ai Diana? - perguntou séria
- Como disse, encontrei Guilherme no shopping e bem... 'aconteceu' um acidente no shopping, e o amigo dele morreu e ele está mal, a Ster vai dormir aqui em casa hoje ta?! ela ta muito abalada, e o Guilherme tambem ok?! Ele ta tão mal mãe, deixa ele dormir aqui por favoorr... - implorei.
- Acidente? Que acidente Diana? me conte o que aconteceu A-G-O-R-A. - ela falou
- Calma mãe, estamos todos bem... quando voce chegar em casa iremos te falar o que aconteceu, está bem? e Guilherme irá dormi aqui. 
- Ta, vou ver isso quando eu chegar.
- Tchau , te amo. 

Falei e desliguei o telefone colocando-o mesmo de volta ao gancho e corri em direção ao meu quarto. 
E la estava Ster, coitada. 
Eu sabia que ao conhecer Antonio já tava fantasiando futuros relacionamentos para os dois que agora não iria mas se realizar, sentei-me ao lado de minha amiga e fiquei tirando os fios de seu cabelo grudados em seu rosto.
- Vai tomar um banho amiga, e tente relaxar um pouco para depois ligar para sua mãe. - falei pegando uma toalha para ela e pondo ao seu lado, ela balançou a cabeça e foi em direção ao banheiro, trancando a porta. Suspirei sentando na beirada de minha cama e me jogando para trás, fechei meus olhos e tentei relaxar.. mas nao conseguia. 


31

16:50 Sabado - Cinema

  
   Sentamos na ultima fileira da sala do cinema, eu no canto, Guilherme do meu lado, Ster do lado de Guilherme e Antonio do lado de Ster. 
Minhas pernas ainda tremiam, não por causa do efeito 'Guilherme'  mais por aquela sensação que eu tive, eu não conseguia sorrir, meu rosto estava tenso demais, duro demais. 
- Diana... - sussurou Guilherme ao meu ouvido, seu tom de voz saira preocupado - Você está bem? Está um pouco pálida... 
Abaixei um pouco meu rosto, meu coração se apertava tanto que parecia estar sendo esmagado, o pelo de meus braços estavam eriçados, tremi. 
- Diana? - falou novamente Guilherme, só que sua voz sooara mais preocupada, séria. 
- Estou... sim...bem. - falei meio confusa, aquela sensação piorara e dava um horrivel efeito em meu corpo. - Só estou com uma sensação nada boa, coisa nada haver... ignore, estou bem.
Ele não pareceu convencido o suficiente, deu mais uma olhada em meus olhos, pos um de seus braços em volta de meu pescoço e me deu a pipoca, começei a come-la rapidamente, eu estava tão nervosa... caraca o que deu em mim? por que eu tava assim? que sensação era aquela?
Respirei fundo, fechei meus olhos enconstando minha cabeça no ombro de Guilherme. Queria acreditar que ficariamos bem, que aquela sensação era só babo cisse, mas estava tao forte, tão real que eu não acreditava em mais nada, as lagrimas arderam em meus olhos. 
E foi então que todas as luzes que iluminavam a sala se apagaram e meu coração se apertou cada vez mais, apertei minhas maos na de Guilherme que rapidamente voltara a me olhar preocupado. 
- Vamos embora... - falei enquanto deixava as lagrimas rolarem - Por favor.. vamos embora!!
Preocupado, Guilherme levantou-se retirando o saco de pipoca de meu colo e com outra mão ergue-o para mim, eu a peguei tremendo e me levantei... minhas pernas tremiam e meu rosto já estava colando por causa das lagrimas. 
- Vou dar uma volta com a Diana, ela não esta nada bem... - explicou Guilherme para Antonio e para Ster. A mesma me olhara preocupada e fez um sinal para que eu fosse com Guilherme.
- Não vou sem Ster. - falei chorando, ela me olhara desapontada 
- Pode ir amiga, eu te ligo quando acabar a sessão. - ela falou sinalizando com o dedo em direção a Antonio. - Eu te conto tudo quando acabar, pode deixar. 
-Não vou sem voce. - repeti um pouco mais nervosa - Vamos embora, vamos pra casa.. outro dia a gente vê esse filme, mas vamos embora por favor.
Minhas pernas tremiam tanto que torcia meu pé mesmo parada, Guilherme me segurou colando meu corpo no dele, continuei implorando para que Ster fosse junto comigo, mas ela dava uma de teimosa só para ficar com Antonio..., aquela sensação ruim ainda estava em mim, e só iria embora quando eu saisse dali com Guilherme e Ster.
- Diana, relaxa... vamos ficar só algumas horas sem se falar. - ela implorou - Por favor, me deixa aqui. 
Meu coração se apertou mais, eu não podia deixa-la ali, levantei meu rosto olhando para Guilherme. 
- Ster... - disse Guilherme meio convincente - Melhor voce vim com a gente, acho que Diana não ficara bem até você resolver ficar com a gente.
Agradeci de alma e coração por Guilherme ter me apoiado naquele momento, Ster nervosa, levantou-se lentamente da cadeira e olhou para Antonio que dissera que iria ver o filme, Guilherme se despediu dele com um aceno e saimos finalmente da sala de cinema. 
Fomos em direção a praça de alimentaçao, sentamos em uma mesa perto do mcdonalds, a sensação já havia indo embora, graças a Deus.
Ster apoio seu braço em cima da mesa de marmore e me fitou.
- Você fez isso para eu não ficar com o Antonio não é?!  - perguntou séria. 
O que? ela tava assim por causa de um garoto? 
- Claro que não ne. - falei, Guilherme pegou sua carteira e foi no mcdonalds comprar um lanche para gente - Só tive uma sensação muito ruim, quer dizer... tipo um aviso algo do tipo.
Ster riu, nervosamente o que me deixou com raiva. 
Por que ela não acreditava em mim?
- Você ta pirando, deve ser isso. - ela retrucou - Guilherme deve ta afetando sua cabeça agora, relaxa garota.. nada vai acontecer com a g...
Mas antes que Ster pudesse terminar a frase um estrondo horrivel ecoou pelo shopping inteiro, junto com um terremoto terrivel, todas as pessoas ali começaram a correr e meu coração se apertou. 
Vinha do segundo andar, meus olhos se arregalaram enquanto Ster me fitava assustada, nos levantamos pegamos nossas bolsas e começamos procurar Guilherme desesperadamente, houve outro estrondo que fizera o shopping inteiro tremer. 
Começei a chorar novamente, havia tantas pessoas caindo, tantas crianças perdidas no meio daquela multidão que minha vontade foi de ficar em um canto e rezar para que não acontecesse nada com a gente. 
Ster e eu levamos um puxão pelo braço tão forte que gritamos, ao virarmos demos de cara com Guilherme. 
Nos duas o abraçamos e logo em seguida ele nos guiou para uma saída mais proxima, paramos em frente da porta automatica do shopping, lentamente fomos recuperando nosso folêgo, foi ai que vimos fumaça saindo do segundo andar, tremi. 
- O que foi aquilo? - perguntou Ster assustada 
- Bomba. - respondeu um homem que parara ao nosso lado, estava completamente sujo de poeira. - Alguem pos uma bomba no cinema. Explodiu tudo!
Meu coração se apertou novamente, meu corpo tremeu ao me lembrar que Antonio tava la, da sensação que tive e do desespero que fiquei para sair daquele lugar.
- O que? não... - gaguejei - Não é possivel... ah tantos seguranças, como botaram uma bomba dentro do cinema? 
As lagrimas cairam descontrolavelmente de meus olhos enquanto Guilherme me puxava para um abraço e Ster ficara imovel, domada pelo choque... pânico e o medo. 
- Não sei... - respondeu o cara, olhando para os lados . - Eu to indo embora, e sou mais voces irem tambem... não sei se ainda tem mais bomba espalhada por esse shopping... 
Então ele se foi.
Eu, Guilherme e Ster ainda estavamos parados,imoveis pelo que acontecera... o que aquilo significava? por que eu sentira aquilo? como eu sabia que algo de ruim iria acontecer? e o Antonio? ele morreu? 
-O... o... Antonio - soluçou Ster em lagrimas - Está moooorto! 
Fechei meus olhos e escondi meu rosto no peitoral de Guilherme que parecia estar mais em choque que eu e Ster, imaginei o que ele deveria estar sentindo... o amigo morto... tudo em cinzas... 
- Vamos embora! - falei por fim quebrando o silencio entre nois, eles balançaram a cabeça e andamos em direção ao ponto de onibus.



sábado, 14 de maio de 2011

30

16:25 Sabado - Shopping


  Passamos pela porta de entrada do shopping e demos de cara com aquela multidão, eu esqueci que todo santo sabado o shopping fica cheio por causa daquela bosta de encontro que organizam. 
Tentei andar pelos cantos para não esbarrar em ninguem, não sei porque mais quando alguem esbarrava em meu ombro a minha vontade era de arranjar barraco, então preferia fugir de todo mundo do que encarar eles. Ster estava segurando meu braço enquanto eu procurava a escada rolante que nos levaria para o andar de cima, estava tão cheio que quando chegamos na escada rolante havia uma fila, bufei e esperei nossa vez. 
- Odeio quando o shopping ta assim. - comentei para Ster - Odeio esperar, não tenho paciencia não... meu Deus!
Ster olhou para mim e começou a rir, ela sempre me dizia que eu ficava engraçado quando estava irritada mas dessa vez eu não rir. Pisamos em um de grau da escada rolante que automaticamente começou a subir e em segundos já estavamos no segundo andar, andamos apressadamente tentando não encostar em ninguem o que era impossivel porque quanto mais eu me afastava mais pessoas me empurravam ou me esbarravam...
Passamos por um corredor que levara para o cinema, pelo menos 'ali' não tinha quase ninguem... mais enquanto andavamos senti um beslicão no meu braço, olhei para Ster que olhara para mais a frente de mim. 
- Olhaa quem ta ali... - ela brincou, virei meu rosto dando de cara com Guilherme. Meu coração parou por um instante quando vi que ao seu lado estava um garoto, bonito por sinal. - Isso é um sinal de Deus. 
Fingi que não tinha escutado aquilo e continuei andando normalmente, a não ser por minhas pernas que tremiam que nem bambu e de repente tropeçei em meus proprios pés, senti umas mãos segurarem firmamente minha cintura enquanto eu voltava a ficar em pé. 
- Cuidado. - Falou Guilherme, olhei para ele totalmente vermelha.. quer dizer eu tava fugindo dele, e olha o que acaba de acontecer.. eu e minhas lerdices, bem que elas podiam me ajudar de vez em quando. - Você está bem? Ah, oi Ster. 
Ster rapidamente sorriu e ficou vermelha cutucando minha perna, quase dei um coice. 
- To sim... - respondi olhando para frente, quanto mais ficavamos parados mais pessoas chegavam ali, suspirei pensando na fila imensa que iriamos pegar. 
- Vão ao cinema? - perguntou novamente me tirando dos meus desvaneios 
- Ah, vamos sim. - respondeu Ster com um sorrisao no rosto, seus olhos automaticamente avaliavam o amigo de Guilherme. - Querem ir com a gente?
Fechei os olhos, contei ate 10.. o que eu tinha falado com a Ster no onibus? acho que falei mais com o meu amigo invisivel do que com ela, porque né...
- Veremos Velozes e furiosos 5. - respondeu Guilherme - temos ingressos de sobra, se quiserem...
- CLARO QUE QUEREMOS... - respondeu Ster batendo palmas e pulando, me encolhi de vergonha pois todos estavam olhando para a gente. - né Diana?! 
Revirei os olhos, já estava tudo perdido mesmo... o que adiantaria negar? 
- Claro. - respondi secamente , senti as mãos de Guilherme pegando nas minhas... meu corpo tremeu, e meu coração se acelerou, levantei meu rosto e percebi que ele sorria para mim. 
Como se respirava mesmo? meu Deus, que garoto era aquele?!
- Bem.. - ele falou rindo olhando para seu amigo e para Ster - Quatro é par. 
Minhas bochechas queimaram de vergonha, olhei disfarçadamente para Ster que agora se apresentava para o garoto, voltei a olhar para Guilherme que apertava minhas maos nas dele e me levava em direção ao cinema.
Meu mundo parou, não sei como, mas parecia que todas as pessoas que estavam no shopping desapareceram, o tempo parou... como ele conseguia fazer isso?!
Não, nãaaao...  eu sabia o que estava acontecendo, eu sabia o que iria acontecer.. que droga!
É tarde demais para me afastar dele, mas mesmo assim, eu não teria forças para isso.. eu o queria, tanto... tanto. 
Paramos em frente da pequena lanchonete que ficava no mesmo corredor que ficava as salas, Guilherme e Antonio (nome do amigo dele) foram comprar nossas pipocas e eu e Ster fomos para a nossa sessão para guardar nossos lugares, quando o cara pegou nosso ingresso e entramos, eu senti algo que nunca havia sentido antes... como se fosse uma premonição, eu senti... que algo de ruim ia acontecer, e não era só comigo... era com todos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

29

16:20 - Sabado - Casa/ Shopping


   
   Levantei da cama com uma baita preguiça, meu cabelo estava para todos os lados e meus olhos estavam tão vermelhos por causa do sono. 
Fui para o banheiro, lavei meu rosto e dei uma olhada no meu estado por um momento até que meu celular tocou, peguei-o e atendi.

- Alô? - falei meio sonolenta
- Diana? - falou Ster do outro lado do telefone
- Ster? - falei 
- Já ta pronta, nossa sessão é de 18:30 ?! - ela falou
- Estou me arrumando agora.. - respondi - Vou só trocar de roupa, passar uma maquiagem e eu te ligo pra passar aqui ta bom?!
- Ok, vou comer alguma coisa e esperarei.. - ela falou e logo desligou, joguei meu celular em direção a minha cama e andei até meu armario pegando um vestido tomara que caia, rosa claro e bem simples. 
Eu não fazia questão de me arrumar tanto pra ir ao shopping, ainda mais que eu ia no cinema e lá ninguem iria notar o que eu estava vestindo, peguei meu salto alto fino preto e calçei, passei uma maquiagem básica, pentiei meus cabelos, escovei os dentes e tcharãn!!
Tava pronta.
Passei um gloss, e arrumei minha bolsa pondo minha carteira com minha identidade e meu dinheiro. 
Disquei o número de Ster e esperei que ela atendesse.
- Pode vim ! - falei
- To indo, me espera do outro lado da rua. - ela falou e desligou
Me dei mais uma olhada no espelho e fui em direção para fora de casa, peguei minha chave reserva e atravessei a rua. 
Alguns minutos depois um onibus parara pouco mais a frente de onde eu estava e Ster pos seu braço pra fora da janela me chamando, andei rapidamente e entrei no onibus, paguei a passagem e fui em sua direção. 
Ster estava bonita, como sempre. 
Vestia uma saia jeans que ia até a metade de suas coxas e dava um pouco de volume a sua bunda, e estava usando uma blusa de alcinha com alguns desenhos no centro dela, estava com sua tiara de sempre e segurava sua bolsa preta de couro em um de seus ombros. 
- Podia ter se arrumado um pouco melhor. - ela falou enquanto me ajeitava ao banco ao lado do dela - Sabe, caso encontre Guilherme no shopping, acho que você não vai querer que ele te olhe vestida tão simples assim.
Revirei os olhos, agora parecia que meu mundo girava em torno de Guilherme, o que não era verdade. 
- Para com isso. - eu falei pondo meus cabelos para trás enquanto o vento que passava pela janela aberta do lado de Ster bagunçava-os. - Não estamos indo para o shopping com a intenção de ver Guilherme, ao contrario, estamos indo nos divertir o que faz tempo que nao nos divertimos fora da escola e de casa. 
- Você tem razão - ela falou - Mas você ainda tem que me dizer o que anda rolando entre vocês dois, ele pretende te pedir em namoro quando? ele vai te dar um buque de flores nos dias dos namorados? ele já apresentou você a familia dele? como eles são? a casa é bonita? heim... me fala!!
- Calma cara. - falei meio confusa com tantas perguntas - Vou ao obvio... não, eu não conheço a familia dele, ele nunca falou da familia dele para mim, nunca fui na casa dele e não pretendemos namorar tão cedo. 
- Uau - ela falou um tanto surpresa - Mas você já perguntou?
- Já, e todas as vezes que pergunto ele vai embora - falei bufando - Me deixa no vacuo e na curiosidade. 
- Hum - ela falou pondo a mão no queixo e olhando pra frente - Isso merece uma investigada.
- Neeeeeem pensar! - falei balançando a cabeça desesperadamente, todas as vezes que Ster dava uma investigada nos garotos no qual eu ficava, eles sempre me chamavam de paranoica pois pensavam que era eu que mexia em suas coisas por ter mais acesso a elas e expalhavam para todo mundo. - Não quero que estrague tudo de novo, por favor Ster... vamos deixar isso pra la, olha estamos chegando ôô.
Apontei em direção ao shopping que agora dava para ver, ela esticou o pescoço e começou a se levantar puxando meu braço para que eu fizesse o mesmo. 
Saí de onde estavamos e parei em frente da porta onde iriamos sair, Ster esticou seu braço e puxou a cigarra do onibus que fez um barulhinho irritante. Descemos e fomos em direção a entrada. 

domingo, 8 de maio de 2011

28

10:51 Sabado - Praia

  Estavamos de volta a areia, um do lado do outro, com nossas mãos entrelaçadas enquanto escutavamos silenciosamente o barulho das ondas se quebrando.
Não acreditava que Guilherme podia me fazer ficar tão feliz em menos de cinco de dias de nos conhecermos, e falando nisso já estava mais que na hora de saber um pouco mais da vida dele, não acha?
- Gui... - falei virando meu rosto em sua direção, um sorriso nasceu em meus lábios, eu tinha que faze-lo falar, eu precisava saber. 
- Hum...? - falou ele sério. 
- Você ainda não me falou de você... - falei meio envergonhada, mas eu queria saber mais dele, eu deveria saber. - Sabe.. sobre sua vida.
Ele não respondeu, eu já esperava por isso, engoli em seco e continuei...
- Eu preciso saber como você é... - implorei - Você sabe onde moro, sabe quantos anos eu tenho, com quem ando, sabe da minha família... sabe praticamente da minha vida toda mas eu não sei nada da sua.
Seus grandes olhos pretos estavam cada vez mais misteriosos e eu percebi que ele não iria falar, até que ele se levantou pegou sua roupa e foi embora na direção contraria da minha, sua cabeça permanecia baixa e seus cabelos balançavam por causa do vento.
Voltei olhar para o mar encolhendo-me na areia, será que acontecera algo que no qual ele não pudesse falar? na qual tivesse medo da minha reação? se fosse algo ruim? se ele tivesse matado alguem e vivesse escondido da polícia? Será que o Guilherme era mesmo o Guilherme? 
Muitas perguntas e nenhuma resposta. 
Quanto tempo mais isso iria me atormentar?  
Levantei da areia, vesti minha roupa de academia e voltei para o mesmo caminho que eu tinha ido. Tentei não pensar muito nele, e focalizar em outra coisa.. tipo 'como devia estar Ster? o que ela deveria tar fazendo?' 
Esqueci completamente dela nesse tempo que andei com Guilherme, argh.. to me sentindo ate suja, parei de caminhar, peguei meu celular e disquei o numero da casa dela.
- Alo? - falei 
- Alo? 
- Ster?
- Quem fala? - perguntou
- É a Diana!
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA - gritou ela no telefone - Sua vaca, me esqueceu não foi?! Nãaaao acredito que só agora que você nota minha existencia... mas entendo seus motivos.
- Que motivos? - perguntei sinicamente
- Guilherme é claro. - ela respondeu rindo - Ta caidinha por ele ne, pode dizer... por isso que não me ligou esse tempo.
Bufei.
- Claro que não. - resmunguei - só porque estamos saindo esses dias não quer dizer que to 'afim' dele.
- Claro que ta Diana. - ela falou - Quando era com o Derick você me ligava toda hora, para me contar detalhes e agora voce nem me fala sobre o que voce e o Guilherme conversam...
- Derick é uma história completamente diferente - retruquei
- Claaaaaaaro que é... - ela falou - Derick parece um anjo, um gato anjo mais o Guilherme parece o vilão, sexy, perverso, misterioso, gato e hiper gostoso.
- Chega Ster. - falei
- Você concorda comigo - ela falou - mas está com ciumes por eu ter dito isso, se liga minha filha... Guilherme pode ser isso tudo mas eu nao quero ele não, deixo pra você!
- Vou fingir que nem escutei isso ta ?! - falei rindo, segurei firmamente o celular contra minha orelha enquanto chegava em casa.  - Olha, que tal fazermos algo hoje? Sabe, pegar um cinema...
- Ueeeeeeee - ela falou - E o gato do Guilherme não planejou nada para fazerem hoje? 
- Não. - eu respondi - Acho que ele ta meio chateado com uma coisaa..
- O quee voce fez Diaaaana? - perguntou - Você deu um fora nele? Ah se fez isso eu juro qu...
- EU NÃO DEI FORA NELE NÃAAAAAO - falei   
- Então você fez o que? - perguntou
- Não sei, mais tarde eu te explico - falei - Preciso de um banho e irei descansar, mais tarde a gente se fala. Beijos
- Ta bom sua chata. - falou - Tchau, até mais tarde.
Desliguei e pus o celular de volta ao meu bolso, abri a porta de casa e fui direto para meu quarto, completamente cansada.