11:00 - Domingo - Casa
Estavamos eu, Ster e Guilherme na sala, em cima do cochonete cpnversando sobre a escola quando a campainha tocou.
Primeiramente eu estranhei, pois Lucinda não trabalhava hoje e minha mãe tinha saído para trabalhar (no domingo, mas ela não trabalhava segunda nem terça), me levantei do cochonete arrumei minha roupa e fui em direção a porta, destranquei a mesma e a abri.
Meu coração doeu me fazendo encolher e antes que eu pudesse fechar a porta por completo a mão de Derick impediu, e empurrou-a me fazendo ir pra trás.
- Vai embora. - falei grossamente, tentei empurra-lo com minhas proprias mãos, mas ele era mais forte que eu. - Saí daqui Derick!
Ouvi Guilherme e Ster se levantarem e virem na minha direção, minhas pernas e mãos tremiam.
- Não ate que você me escute! - ele falou fixando seus olhos azuis nos meus, franzi o nariz e senti uma rapida puxada para trás, foi Guilherme que agora ficava em minha frente como se estivesse me protegendo de algum bandido.
- Vá embora moleque! - ele falou, o tom de voz dele saiu ameaçadoramente assustadora. - Ta vendo que tu não é bem vindo aqui?!
- Não vim ate aqui discutir com um merda que pensa que é gente. - foi tão rápido que nem percebi,Derick tinha posto a mão no braço de Guilherme e tentara empurra-lo mas Guilherme foi rapido demais, ele pegou a mão de Derick e empurrou-o para fora de casa tão brutamente que Derick perdeu o equilibriu e caiu.
Meus olhos se arregalaram e Ster me puxou para sala, mas eu não queria, eu queria impedir que Guilherme e Derick brigassem, e ainda mais por minha causa.
Dei um passo a frente e peguei a camisa de Guilherme que me olhou.
- Não brigue, é perda de tempo. - implorei, mas havia algo mais nos olhos de Guilherme, algo tão perverso que nem eu tinha palavras para dizer o que era aquilo, tão perverso que por um momento fiquei com medo dele. - Guilherme?!
Ele voltou a olhar para Derick que agora se levantava e o fitava desafiadoramente, passei por Guilherme e fui na direção de Derick mas a mão de Guilherme me fizera parar.
- Eu preciso acabar com isso logo. - falei olhando para seus olhos que ficavam cada vez mais negros que a propria noite - Por favor.
Passou alguns minutos e Guilherme me soltara, tentei sorrir confiante para ele mas nao consegui, voltei a andar na direção de Derick e parei metros afastada dele.
- O que voce quer? - perguntei cruzando os braços
- Quero esclarecer as coisas. - ele falou se aproximando de mim, escutei o rosnado de Guilherme um pouco atras de mim.
- Mais do que estao esclarecidas? - perguntei mordendo meus lábios - Derick já deixei bem claro para você que não me procurasse mais, que me esquecesse.
Ele balançou a cabeça mas eu sabia que ele queria ir mais a fundo naquele assunto, e eu sabia mais ainda que eu não ia aguentar e ia desabar em lagrimas.
- Não estão... - ele falou segurando em meu braço, por um segundo quase me rendi ao charme de Derick mas me segurei, seus cachos estavam menores e seus olhos azuis estavam mais azuis que antes - Entenda Diana, eu não gosto da Lucky... só estou dando apoio a ela por causa da morte de seus pais.
- Ah fala serio Derick... - falei me afastando dele - Me conta outra que essa não pega mais ok?! Se acha que continuo acreditando nessas suas palavras de "galã" de novela, tu ta muito enganado.
Ele bufou e continuou tentando.
- Se você ficasse no meu lugar por um momento voce nao estaria agindo como uma criança como agora. - ele falou sério, senti meu coração se apertar quando ele se referiu a mim como 'criança', segurei minhas lagrimas.
- Presta atenção seu babaca. - falei tentando manter meu tom de voz firme -Se estou agindo como criança em relação a você, desculpe.... só estou tentando me proteger de gente retaradada e canalha como você.
Seus olhos se arregalaram e os risos de Guilherme quebraram o silencio entre nois dois, Derick apenas balançou a cabeça e enrugou a testa. Eu precisava chorar, eu queria, mas não na frente dele... queria que aquilo acabasse logo e ele saisse logo da minha vida, eu estava sendo forte demais por muito tempo.
- Se isso que você quer... - ele falou cruzando os braços que definiam seus musculos - que seja.
Então deu as costas e foi embora, não sabe o alivio que fiquei... mas mesmo assim o estrago já estava feito, ele conseguira quebrar o meu coração por completo.
Cai de joelhos na calçada e as lagrimas caiam de meus olhos e passavam pelo meu rosto, senti as mãos de Guilherme em meus ombros quentes e macios. Me levantei e o abraçei tão forte que a unica coisa que pensei é em como ele podia ser tão apaixonante?
Cheguei em seu ouvido e falei:
- I'm living in a world that's all about you and me, ain't gotta be afraid, my broken heart is free to spread my wings and fly away, away with you... - senti que ele sorria e suas mãos acariciavam a minha nuca, pela primeira vez sabia que nao iria me enganar com ele. Não com ele.