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sábado, 14 de maio de 2011

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16:25 Sabado - Shopping


  Passamos pela porta de entrada do shopping e demos de cara com aquela multidão, eu esqueci que todo santo sabado o shopping fica cheio por causa daquela bosta de encontro que organizam. 
Tentei andar pelos cantos para não esbarrar em ninguem, não sei porque mais quando alguem esbarrava em meu ombro a minha vontade era de arranjar barraco, então preferia fugir de todo mundo do que encarar eles. Ster estava segurando meu braço enquanto eu procurava a escada rolante que nos levaria para o andar de cima, estava tão cheio que quando chegamos na escada rolante havia uma fila, bufei e esperei nossa vez. 
- Odeio quando o shopping ta assim. - comentei para Ster - Odeio esperar, não tenho paciencia não... meu Deus!
Ster olhou para mim e começou a rir, ela sempre me dizia que eu ficava engraçado quando estava irritada mas dessa vez eu não rir. Pisamos em um de grau da escada rolante que automaticamente começou a subir e em segundos já estavamos no segundo andar, andamos apressadamente tentando não encostar em ninguem o que era impossivel porque quanto mais eu me afastava mais pessoas me empurravam ou me esbarravam...
Passamos por um corredor que levara para o cinema, pelo menos 'ali' não tinha quase ninguem... mais enquanto andavamos senti um beslicão no meu braço, olhei para Ster que olhara para mais a frente de mim. 
- Olhaa quem ta ali... - ela brincou, virei meu rosto dando de cara com Guilherme. Meu coração parou por um instante quando vi que ao seu lado estava um garoto, bonito por sinal. - Isso é um sinal de Deus. 
Fingi que não tinha escutado aquilo e continuei andando normalmente, a não ser por minhas pernas que tremiam que nem bambu e de repente tropeçei em meus proprios pés, senti umas mãos segurarem firmamente minha cintura enquanto eu voltava a ficar em pé. 
- Cuidado. - Falou Guilherme, olhei para ele totalmente vermelha.. quer dizer eu tava fugindo dele, e olha o que acaba de acontecer.. eu e minhas lerdices, bem que elas podiam me ajudar de vez em quando. - Você está bem? Ah, oi Ster. 
Ster rapidamente sorriu e ficou vermelha cutucando minha perna, quase dei um coice. 
- To sim... - respondi olhando para frente, quanto mais ficavamos parados mais pessoas chegavam ali, suspirei pensando na fila imensa que iriamos pegar. 
- Vão ao cinema? - perguntou novamente me tirando dos meus desvaneios 
- Ah, vamos sim. - respondeu Ster com um sorrisao no rosto, seus olhos automaticamente avaliavam o amigo de Guilherme. - Querem ir com a gente?
Fechei os olhos, contei ate 10.. o que eu tinha falado com a Ster no onibus? acho que falei mais com o meu amigo invisivel do que com ela, porque né...
- Veremos Velozes e furiosos 5. - respondeu Guilherme - temos ingressos de sobra, se quiserem...
- CLARO QUE QUEREMOS... - respondeu Ster batendo palmas e pulando, me encolhi de vergonha pois todos estavam olhando para a gente. - né Diana?! 
Revirei os olhos, já estava tudo perdido mesmo... o que adiantaria negar? 
- Claro. - respondi secamente , senti as mãos de Guilherme pegando nas minhas... meu corpo tremeu, e meu coração se acelerou, levantei meu rosto e percebi que ele sorria para mim. 
Como se respirava mesmo? meu Deus, que garoto era aquele?!
- Bem.. - ele falou rindo olhando para seu amigo e para Ster - Quatro é par. 
Minhas bochechas queimaram de vergonha, olhei disfarçadamente para Ster que agora se apresentava para o garoto, voltei a olhar para Guilherme que apertava minhas maos nas dele e me levava em direção ao cinema.
Meu mundo parou, não sei como, mas parecia que todas as pessoas que estavam no shopping desapareceram, o tempo parou... como ele conseguia fazer isso?!
Não, nãaaao...  eu sabia o que estava acontecendo, eu sabia o que iria acontecer.. que droga!
É tarde demais para me afastar dele, mas mesmo assim, eu não teria forças para isso.. eu o queria, tanto... tanto. 
Paramos em frente da pequena lanchonete que ficava no mesmo corredor que ficava as salas, Guilherme e Antonio (nome do amigo dele) foram comprar nossas pipocas e eu e Ster fomos para a nossa sessão para guardar nossos lugares, quando o cara pegou nosso ingresso e entramos, eu senti algo que nunca havia sentido antes... como se fosse uma premonição, eu senti... que algo de ruim ia acontecer, e não era só comigo... era com todos.

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