16:50 Sabado - Cinema
Sentamos na ultima fileira da sala do cinema, eu no canto, Guilherme do meu lado, Ster do lado de Guilherme e Antonio do lado de Ster.
Minhas pernas ainda tremiam, não por causa do efeito 'Guilherme' mais por aquela sensação que eu tive, eu não conseguia sorrir, meu rosto estava tenso demais, duro demais.
- Diana... - sussurou Guilherme ao meu ouvido, seu tom de voz saira preocupado - Você está bem? Está um pouco pálida...
Abaixei um pouco meu rosto, meu coração se apertava tanto que parecia estar sendo esmagado, o pelo de meus braços estavam eriçados, tremi.
- Diana? - falou novamente Guilherme, só que sua voz sooara mais preocupada, séria.
- Estou... sim...bem. - falei meio confusa, aquela sensação piorara e dava um horrivel efeito em meu corpo. - Só estou com uma sensação nada boa, coisa nada haver... ignore, estou bem.
Ele não pareceu convencido o suficiente, deu mais uma olhada em meus olhos, pos um de seus braços em volta de meu pescoço e me deu a pipoca, começei a come-la rapidamente, eu estava tão nervosa... caraca o que deu em mim? por que eu tava assim? que sensação era aquela?
Respirei fundo, fechei meus olhos enconstando minha cabeça no ombro de Guilherme. Queria acreditar que ficariamos bem, que aquela sensação era só babo cisse, mas estava tao forte, tão real que eu não acreditava em mais nada, as lagrimas arderam em meus olhos.
E foi então que todas as luzes que iluminavam a sala se apagaram e meu coração se apertou cada vez mais, apertei minhas maos na de Guilherme que rapidamente voltara a me olhar preocupado.
- Vamos embora... - falei enquanto deixava as lagrimas rolarem - Por favor.. vamos embora!!
Preocupado, Guilherme levantou-se retirando o saco de pipoca de meu colo e com outra mão ergue-o para mim, eu a peguei tremendo e me levantei... minhas pernas tremiam e meu rosto já estava colando por causa das lagrimas.
- Vou dar uma volta com a Diana, ela não esta nada bem... - explicou Guilherme para Antonio e para Ster. A mesma me olhara preocupada e fez um sinal para que eu fosse com Guilherme.
- Não vou sem Ster. - falei chorando, ela me olhara desapontada
- Pode ir amiga, eu te ligo quando acabar a sessão. - ela falou sinalizando com o dedo em direção a Antonio. - Eu te conto tudo quando acabar, pode deixar.
-Não vou sem voce. - repeti um pouco mais nervosa - Vamos embora, vamos pra casa.. outro dia a gente vê esse filme, mas vamos embora por favor.
Minhas pernas tremiam tanto que torcia meu pé mesmo parada, Guilherme me segurou colando meu corpo no dele, continuei implorando para que Ster fosse junto comigo, mas ela dava uma de teimosa só para ficar com Antonio..., aquela sensação ruim ainda estava em mim, e só iria embora quando eu saisse dali com Guilherme e Ster.
- Diana, relaxa... vamos ficar só algumas horas sem se falar. - ela implorou - Por favor, me deixa aqui.
Meu coração se apertou mais, eu não podia deixa-la ali, levantei meu rosto olhando para Guilherme.
- Ster... - disse Guilherme meio convincente - Melhor voce vim com a gente, acho que Diana não ficara bem até você resolver ficar com a gente.
Agradeci de alma e coração por Guilherme ter me apoiado naquele momento, Ster nervosa, levantou-se lentamente da cadeira e olhou para Antonio que dissera que iria ver o filme, Guilherme se despediu dele com um aceno e saimos finalmente da sala de cinema.
Fomos em direção a praça de alimentaçao, sentamos em uma mesa perto do mcdonalds, a sensação já havia indo embora, graças a Deus.
Ster apoio seu braço em cima da mesa de marmore e me fitou.
- Você fez isso para eu não ficar com o Antonio não é?! - perguntou séria.
O que? ela tava assim por causa de um garoto?
- Claro que não ne. - falei, Guilherme pegou sua carteira e foi no mcdonalds comprar um lanche para gente - Só tive uma sensação muito ruim, quer dizer... tipo um aviso algo do tipo.
Ster riu, nervosamente o que me deixou com raiva.
Por que ela não acreditava em mim?
- Você ta pirando, deve ser isso. - ela retrucou - Guilherme deve ta afetando sua cabeça agora, relaxa garota.. nada vai acontecer com a g...
Mas antes que Ster pudesse terminar a frase um estrondo horrivel ecoou pelo shopping inteiro, junto com um terremoto terrivel, todas as pessoas ali começaram a correr e meu coração se apertou.
Vinha do segundo andar, meus olhos se arregalaram enquanto Ster me fitava assustada, nos levantamos pegamos nossas bolsas e começamos procurar Guilherme desesperadamente, houve outro estrondo que fizera o shopping inteiro tremer.
Começei a chorar novamente, havia tantas pessoas caindo, tantas crianças perdidas no meio daquela multidão que minha vontade foi de ficar em um canto e rezar para que não acontecesse nada com a gente.
Ster e eu levamos um puxão pelo braço tão forte que gritamos, ao virarmos demos de cara com Guilherme.
Nos duas o abraçamos e logo em seguida ele nos guiou para uma saída mais proxima, paramos em frente da porta automatica do shopping, lentamente fomos recuperando nosso folêgo, foi ai que vimos fumaça saindo do segundo andar, tremi.
- O que foi aquilo? - perguntou Ster assustada
- Bomba. - respondeu um homem que parara ao nosso lado, estava completamente sujo de poeira. - Alguem pos uma bomba no cinema. Explodiu tudo!
Meu coração se apertou novamente, meu corpo tremeu ao me lembrar que Antonio tava la, da sensação que tive e do desespero que fiquei para sair daquele lugar.
- O que? não... - gaguejei - Não é possivel... ah tantos seguranças, como botaram uma bomba dentro do cinema?
As lagrimas cairam descontrolavelmente de meus olhos enquanto Guilherme me puxava para um abraço e Ster ficara imovel, domada pelo choque... pânico e o medo.
- Não sei... - respondeu o cara, olhando para os lados . - Eu to indo embora, e sou mais voces irem tambem... não sei se ainda tem mais bomba espalhada por esse shopping...
Então ele se foi.
Eu, Guilherme e Ster ainda estavamos parados,imoveis pelo que acontecera... o que aquilo significava? por que eu sentira aquilo? como eu sabia que algo de ruim iria acontecer? e o Antonio? ele morreu?
-O... o... Antonio - soluçou Ster em lagrimas - Está moooorto!
Fechei meus olhos e escondi meu rosto no peitoral de Guilherme que parecia estar mais em choque que eu e Ster, imaginei o que ele deveria estar sentindo... o amigo morto... tudo em cinzas...
- Vamos embora! - falei por fim quebrando o silencio entre nois, eles balançaram a cabeça e andamos em direção ao ponto de onibus.
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