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sábado, 15 de outubro de 2011

108 - Esperanças

 Ele continuou me segurando enquanto andava pelas ruas desertas e silenciosas, passamos por uma placa que estava escrito o nome da cidade ou deveria ser o nome... Speranza.  Nome estranho, cidade estranha e clima estranho... tinha nada de normal naquele lugar mas mesmo assim aquela cidade me dava uma sensação boa, uma sensação boa.  Essa sensação se bem que eu conhecia, eu costumava chama-la de esperança. 
- Por que viemos aqui? - perguntei olhando para Guilherme, as asas dele já tinham sumido e a temperatura de seu corpo ficara normal novamente. 
- Essa cidade... - falou, seus pensamentos pareciam distantes. - tem uma história magnifica, mas não tenho muito tempo para lhe contar... talvez algum morador lhe conte. 
Não gostei muito disso mas fiquei calada, virei meu rosto para observar melhor a estrutura daquela pequena e simples cidade que parecia servir de cenário para aqueles filmes de mil novecentos e antigamente.
Passamos por várias casas e parecia que nenhuma tinha interessado Guilherme somente uma, a ultima de uma das várias ruas que haviam por ali.
Era bonita, tinha um toque moderno mas parecia ser simples...mas pelo que via deveria ser confortável.
Guilherme fixou seu olhar no rosto de um garoto que acabara de sair daquela casa, seu rosto estava vermelho  deveria tar com raiva de algo e juro que fiquei super curiosa para saber o que era, ele passou direto por nos e parecia que nem tinha percebido nossa presença.
Estavamos cada vez mais proximos e tive uma breve sensação sobre aquela casa, uma sensação de que tudo poderia melhorar eu creio... mas mesmo assim nem mesmo uma casa poderia mudar o destino que estava escrito para mim e para Guilherme. 
Nunca iamos poder ficar juntos.


Guilherme bateu na porta quando me pos no chão, institivamente fiquei atrás dele com as pontas do lençol presas em minha mão.  Ele sabia muito bem esconder seus sentimentos mas não agora, ele estava nervoso e um pouco ancioso, olhei novamente para a porta.. a maçaneta girou-se e a porta se abriu fazendo com que eu sentisse um frio na barriga.

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