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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

80

Derick se foi levando com si todo o resto de paciência que me sobrara. 
Eu queria gritar, bater em algo ou jogar um vidro até quebra-lo eu queria descontar minha raiva em alguma coisa mais a única coisa que havia naquele lugar era o sofá na qual eu estava sentada e o branco infinito. 
- Não acredito. - pus as minhas mãos em meu rosto e fiquei massa geando minha testa - Por que meu Deus? Por que?
Joguei minha cabeça para trás fechando meus olhos e desejando, rezando, orando.. para que Guilherme sentisse minha falta e viesse me procurar, na verdade eu sabia que ele iria fazer isso uma hora ou outra só esperava que não fosse tarde demais para isso. Forcei-me a sonhar, forcei-me a dormir e esquecer desse problema chamado "vida", esquecer que eu existo e esquecer que eu sou o centro dos problemas da pessoa que mais amei em toda minha vida. 
A ideia de morrer e acabar com o sofrimento de Guilherme não era tão ruim assim, eu iria pelo menos deixa-lo em paz invés de ficar fazendo ele se preocupar comigo todo santo dia, ele iria finalmente viver sua existência em paz sem nenhuma interferência minha.. se isso o fizesse ficar melhor do que está eu não iria impedir minha morte, não quando a felicidade e a liberdade de Guilherme estivesse em jogo. 


Eu tinha poucas horas, isso já era um fato, Guilherme nunca iria conseguir me achar neste lugar, quero dizer... prisão.
Mesmo longe, mesmo horas afastada dele eu ainda me lembrava muito bem do toque de suas mãos em meu rosto, de seus lábios colados nos meus, de seu beijo... de sua voz sedutora e de seu olhar perversamente misterioso.
Tudo.
Ele era uma lembrança na qual era difícil de acreditar que existia, de que um dia teria se apaixonado por mim... se apaixonado por mim.. oras, uma simples e humilde humana que não tem nada a oferecer a não ser o seu coração.
Meu pobre e humilde coração, um órgão involuntário no qual eu precisava para sobreviver não significava nada para mim quando o assunto era Guilherme, meu eterno e tão amado anjo negro de sentimentos tão puros e ao mesmo tempo tão impuros e malignos.


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