- Se não me interessa-se eu não teria falado. - ele cruzou os braços e se jogou no sofá como se ele morasse ali, olhei rapidamente para a porta do quarto de minha mãe e depois voltei a olha-lo. - Na verdade... vim verificar se você ainda estava viva.
Bufei encostando na parede e desviando meu olhar dele para o chão.
- Agora que você já teve a prova que eu estou... - falei indicando a porta com minha mão. - Pode ir.
Ele riu e continuou ali, sentado... no meu sofá... me olhando como se estivesse a ponto de aprontar alguma.
- Alias, cade sua namorada? - perguntei fazendo um sinal de aspas com meus dedos quando falei a palavra 'namorada', seu sorriso sumiu.
- Por que está se importando com a Lucky? - ele perguntou desafiador, desde quando Derick era daquele jeito?!
- Não posso perguntar? - falei mordendo meus lábios.
- Ah, claro que pode... - ele sorriu - Mas invés de perguntar sobre algo que eu sei que você não se importa, por que não pergunta como anda a guerra?
Ele levantou uma de suas sobrancelhas, minha expressão mudou..
"Guerra? que guerra era essa?", minhas pernas começaram a tremer e meu coração começava a bater tão rápido que pensei que iria ter um ataque cardíaco.
- Não sei do que você ta falando... - falei abaixando meu rosto, tentando não me deixar intimidar por ele.
- A guerra... - ele finalmente levantou-se do meu sofá e foi na minha direção, parando centímetros afastado de mim. - Na qual você e o seu queridinho Guilherme borboleta causaram.
Levantei meu rosto, quem era ele para ficar falando mal de Guilherme?! e alias, Guilherme não me falara nada sobre isso... se houvesse mesmo uma guerra ele me falaria... não falaria?!
- Olha aqui. - aumentei meu tom de voz e pus meu dedo no meio de seu peitoral (que surpreendente mente estava maior) - Ninguém fala mal dele na minha cara, e não vai ser um fantasma que ta tentando dar um de camarada que vai ter suas exceções, beleza?!
- Calma ae, oh mulher maravilha. - ele riu estendendo os braços como estivesse se rendendo - Não quero te aborrecer, eu só queria que você soubesse do que a 'paixonite' de uma humana pelo anjo das trevas ta causando no mundo.
Tentei não demonstrar nenhuma surpresa ao chamar Guilherme de anjo das trevas, porque ele realmente era... mas o que fiquei mesmo surpresa era por ele saber disso.
E pensei no pai de Guilherme... ele já deveria saber que eu tava viva e por isso declarara guerra?!
- Como sabe sobre Guilherme? - perguntei o desafiando pelo olhar, quem tivera contado isso para Derick já deveria tar morto... eu acreditava, e futuramente Derick também.
Tremi com essa possibilidade, eu não podia gostar tanto de Derick quanto dias atrás... mas isso não queria dizer que eu o queria morto.
DE JEITO NENHUM!
- Ué?! ele não te contou?! - e então Derick riu como se eu tivesse contado alguma piada - Ele tava mesmo querendo me tirar da jogada, hum.
Guilherme?! me contar o que mais?! e ainda sobre Derick que mal conhecera ele direito, quer dizer... os dois se odiavam por nenhum razão eu creio.
- O que Guilherme teria para me contar sobre você Derick? - perguntei
- Se ele não te contou, não vai ser eu que vou falar. - ele respondeu se afastando de mim - Quero que você descubra sozinha. É o meu direito.
Bufei, mas antes que eu pudesse falar algo sobre os meus direitos Derick sumira... tipo assim do nada e além do mais a porta estava metros atrás de mim.
Olhei para o teto e nenhum sinal de que ele voara... será que ele tava invisível? ou se tele-transportou?
Que idiotice... eu tava mais perdida que cego em tiroteio, mas eu ia descobrir.. mesmo que eu tenha que descobrir sem ajuda dos dois.
Alias, cade Guilherme? Será que essa tal guerra que Derick falara era verdade?! Será que Guilherme tava correndo risco?
Voltei a sentar no sofá e observei meu pacote de trakinas intocavel e meu refrigerante aberto.
Eu passei a noite toda assim...
Comendo trakinas, bebendo coca cola e pensando onde Guilherme estaria.
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