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quarta-feira, 6 de julho de 2011

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As mãos de Guilherme começaram a tentar tirar minha blusa, mas tentei impedi-lo com minhas mãos... eu não queria, e ele tinha que entender. Afastei nossos lábios e então ele parou, seus olhos negros ficaram esperando por uma explicação.
- Eu não quero. - eu falei recuperando o folêgo, voltei a olha-lo e ele ainda me fitava com aquela expressão vazia, como se aquilo que eu tinha falado não fosse o bastante para convence-lo - Não estou pronta, ok?!
Ele não se afastou, ao contrario, ele continuou ali imovel com seus braços fechando qualquer passagem que eu pudesse fugir, e então ele sorriu maliciosamente... não era um sorriso no qual eu vira depois de ter levado um fora. Ta aquilo não era um fora, mas eu não queria.. nao estava preparada e ele não me podia obrigar a fazer sexo...
Meu coração vacilou e minhas pernas tremeram.
Então minha consciencia foi engolida para dentro daquele pesadelo novamente...
     "Guilherme.. as sombras me sufocando... as palavras daquele homem"
Eu gritei... mas eu sentia que meus lábios não me obdeciam mais, meu corpo estava imovel  como se ele tivesse acabasse de levar um banho de cimento, minha mente girava... e eu não tava entendendo como eu pudera voltar naquilo.
Estava tudo tão real, tudo tão... tão.. não sei como explicar. Eu não queria acreditar, mas parecia que aquele sonho, não era exatamente um sonho.. e sim o futuro (?)
Guilherme estava a poucos centimetros de mim, sorrindo como estava sorrindo a poucos segundos atras, suas mãos tocaram meu rosto, parecia estar planejando alguma coisa ou analisando alguma coisa que eu ainda nao entendera.   Mas em seus olhos dava para perceber o que ele realmente queria...

 "ele quer me matar"  pensei comigo mesma, meus olhos se arregalaram enquanto eu percebia que suas mãos envolviam meu pescoço e começavam a apertar. Meu corpo e minha mente estavam em pânico porque tudo que eu tentaria fazer era inutil, ele era milhoes de vezes mais forte que eu e mesmo assim eu não conseguira mexer nenhuma parte de meu corpo.
Estiquei meu pescoço e abri meus lábios tentando pegar nem que se fosse um pouco de ar...
Eu estava morrendo, mas não era isso que me preocupava... eu nao estava ligando se eu estava morrendo ou não...
e sim porque era o Guilherme que estava me matando.
Tentei olhar novamente para seus olhos, mas me arrependi...
Dentro deles não haviam nada, só a escuridão... mas mesmo que estivesse escuro dava para ver que não havia nenhum pingo de sentimento neles.

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